Hidrogenação
Os complexos organometálicos são exaustivamente estudados desde 1939 como agentes de redução (com hidrogênio) de substratos orgânicos. Nesta data, Iguchi publica seus estudos pioneiros de hidrogenação usando como substrato o ácido fumárico e como catalisador o Ródio (III).
Compostos de metais dos grupos 8, 9 e 10 têm sido largamente estudados, obtendo-se excelentes resultados tanto em rendimentos como em seletividade em hidrogenação. Esta seletividade tem encontrado inúmeras aplicações em química fina, onde é usada em sistemas com mais de um centro insaturado e ou para obtenção de produtos opticamente ativos a partir de olefinas pró-quirais.
Nestes processos, a formação do complexo ativado envolve coordenação do centro insaturado do substrato ao metal e adição do hidrogênio molecular. A ativação do hidrogênio pode ser efetuada através de três diferentes mecanismos: adição oxidativa, cisão homolítica ou cisão heterolítica. Estes três mecanismos serão discutidos a seguir.
1.1- Ativação do hidrogênio por adição oxidativa
Um dos compostos mais conhecidos na hidrogenação homogênea de alcenos e alcinos, o RhCl(PPh3)3, foi apresentada em 1965 por Wilkinson e colaboradores. As condições reacionais do sistema são extremamente brandas (298K e 1 atm de H2). O mecanismo mais aceito para esta reação é mostrado na figura 1. A formação do complexo ativado inicia com a adição oxidativa de H2, em posição cis, ao complexo III [Rh (I)], de dezesseis elétrons. A espécie formada VI [Rh (III)], de dezoito elétrons, deve possuir ligantes lábeis afim de decompor e formar uma espécie ativa, com dezesseis elétrons, que possa coordenar a insaturação do substrato e formar o complexo VII. O deslocamento 1-2 entre o hidreto e a olefina forma o complexo hidreto-alquil-Rh VIII. Após ocorre a eliminação redutiva irreversível ao alcano regenerando a espécie III original. Deve-se salientar que, no caso de complexos com ligantes pouco