Herbert marcuse a tecnica

Universidade federal de Uberlandia

Tópicos especiais de Filosofia Social
Fábio Lomônaco Pedroso

Uberlandia
2012

Segundo Marcuse, a técnica é um fator social que os indivíduos possuem para criar ou inventar máquinas e também o poder de moldar os grupos sociais direcionando suas ações e interesses. A técnica serve tanto para uma corrente totalitária, nazismo, quanto para alimentar a liberdade humana. O nacional socialismo vinculado com a tecnologia se mostra engajado pela intensificação do trabalho, da propaganda, do treinamento dos jovens soldados, na organização burocrática e industrial, visando a máxima eficiência. Com o passar do tempo criou-se novos padrões de racionalidade e individualidade. Segundo uma racionalidade tradicional ou racionalidade individualista, o individuo carrega consigo valores e padrões de sua forma de vida social e de sua vida pessoal, sendo que, essa forma de sociedade lhe dava condições de desenvolver suas faculdades e habilidades, e que nenhuma lei externa a ele deveria repreendê-lo. O individualismo se mostra na busca de um interesse particular, controlado pelo pensamento autônomo. Marcuse nos mostra que “O interesse próprio racional, não coincidia com o interesse próprio imediato do individuo”, levando o individuo a ir contra a ideologia dominante. Para esse tipo de racionalidade acontecer, era preciso uma ordem social que chamava a atenção desses indivíduos autônomos, e a sociedade liberal era o ideal para a ascensão do sujeito burguês criador de cultura, ou seja, à racionalidade individualista. Com o passar do tempo, a produção material minou a base econômica em que a racionalidade individualista se firmou. O individuo burguês empreendedor, se viu engolido pelos grandes conglomerados industriais. O sujeito autônomo agora não era bem visto por sua capacidade de empreendimento e sim pela sua eficiência. O empresário ao trabalhar visando o lucro, tem gastos de manutenção das máquinas, com funcionários e outros