Política nacional de apoio ao desenvolvimento local
Nota para a edição de 2008
O texto da presente edição mantém-se praticamente idêntico à edição do ano anterior, com a introdução apenas de alguns pontos de atualização, e de algumas correções. Mas torna-se importante mencionar os avanços que as questões do desenvolvimento local apresentaram mesmo neste curto espaço de tempo.
Um ponto central é o forte movimento de interiorização do desenvolvimento, com cifras muito positivas nos pequenos e médios municípios, e com dinamização significativamente maior das regiões mais atrasadas. Assim, ainda que o crescimento se tenha acelerado em todo o território, as regiões Norte e Nordeste tiveram um impulso maior, o que é importante para começar a reverter os imensos desequilíbrios regionais herdados.
Constata-se igualmente que segue caindo a desigualdade como um todo, com um índice de Gini de 0,55, o melhor resultado que o país já teve. Milhões de pessoas deixaram a zona da pobreza e da indigência, criando um clima de expectativa positiva no país, levando inclusive ao surgimento de estudos recentes do IPEA e da FGV sobre a ascenção de amplos segmentos da população mais pobre para a classe “C”.
Os avanços constatados resultam não de uma política apenas, mas da convergência de um conjunto de iniciativas cujos impactos convergem para melhorar a situação do chamado “andar de baixo” da economia.
Lembrando apenas o essencial, o Bolsa Família atinge mais de 45 milhões de pessoas. O programa de apoio à agricultura familiar (Pronaf) passou de 2,5 bilhões de reais em 2002 para cerca de 13 bilhões atualmente. dinamizando a produção de um setor vital para o abastecimento alimentar da população. Houve igualmente uma forte recuperação, da ordem de 30%, da capacidade de compra do salário mínimo, o que representa um avanço muito significativo para dezenas de milhões de pessoas, tanto dos que recebem salários reajustados em função do SM, como dos aposentados. O bom clima econômico