Resenha crítica: herbert marcuse. a dimensão estética
ESCOLA SUPERIOR DE ARTES E TURISMO – ESAT
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS E ARTES - PPGLA
GABRIEL DE SOUSA LIMA
Resenha Crítica: Herbert Marcuse. A Dimensão Estética
Trabalho apresentado ao Programa de Pós-Graduação em Letras e Artes da Universidade do Estado do Amazonas – PPGLA-ESAT-UEA, como requisito para a obtenção de conceito no módulo Artes Visuais, na disciplina Estética, ministrado pela Profa. Dra. Luciane Páscoa.
MANAUS – AM
2012
Resenha Crítica: Herbert Marcuse. A Dimensão Estética – Editora: Edições 70, 2007.
Herbert Marcuse (1898-1979) foi um influente sociólogo e filósofo alemão naturalizado norte-americano, pertencente à Escola de Frankfurt. Teve grande contato com a filosofia de Karl Marx, interpretando criticamente obras como os Manuscritos Econômico-filosóficos, no sentido de encontrar nelas um fundamento filosófico da economia política para elaboração de uma teoria da revolução (Wiggershaus 2003:134). Além disso, é adepto das idéias da estética da contracultura, afirmando ser a arte o eixo central contra a alienação do capitalismo, na medida em que ela liberta a sociedade das opressões, tornando os seres humanos livres e racionais, o que possibilita a emancipação e felicidade social.
Na obra intitulada A Dimensão Estética, Marcuse diz pretender contribuir para a estética marxista. Mas, na verdade, isto significa contrapor-se ao que chama de ortodoxia predominante nesta corrente estética, ou seja, a visão de que a obra de arte representa os interesses e a visão do mundo de determinadas classes sociais, e que cada classe só pode produzir um tipo de arte. Ele também contrapõe a idéia marxista de desvalorização da subjetividade na estética, o Realismo Social e a Arte Figurativa, refletindo então que a libertação social só pode existir com a emancipação individual – o que denota uma influência da psicanálise – enxergando o potencial político da arte na própria arte, sendo esta autônoma