Henri Cartier Bresson
Ganhei minha primeira câmera quando ainda era criança, era uma Box Brownie, com a qual reproduzi inúmeros instantâneos. Porém fazia isso apenas como um hobbie.
E como gostava também da pintura, decidi ir para Paris estudar artes em um estúdio.
Em 1931, quando eu tinha 22 anos, viajei à África onde iria ficar um ano como caçador. Porém uma doença tropical me obrigou a voltar para a França. E foi nessa viagem de retorno que eu descobri verdadeiramente a fotografia, inspirado por uma fotografia do húngaro Martin Munkácsi. E a partir daí decidi me dedicar inteiramente à fotografia.
Logo Após o final da segunda guerra mundial (1947), fundei a famosa Agência Magnum junto com grandes amigos: Bill Vandivert, Robert Capa, George Rodger e David Saymeur. E nessa época minhas fotografias começaram a ficar um pouco mais requintadas.
Comecei a publicar fotos em revistas como Life, Vogue e Harper’s Bazaar, que me contratavam para viajar o mundo e registrar imagens únicas, ou seja, meu ponto de vista.
Fui o primeiro fotógrafo da Europa Ocidental a registrar a vida na União Soviética, em pleno regime comunista, de maneira livre. Fotografei os últimos dias de Gandhi e os eunucos imperiais chineses, logo após a revolução Cultural.
Tenho aversão a fotos artificiais. Minhas fotos transpiram verdade, pois eu acredito que a câmera pode traduzir o mundo real em imagens, flagrando as manifestações mais espontâneas.