Henri cartier bresson
Na juventude teve aulas de desenho com importantes pintores da época.
No dia dois de agosto, numa quarta feira, Henry Cartier-Bresson morreu no Sul da França. Aos 95 anos.
Bresson comparou a fotografia com o desenho. Para ele desenhar era meditar. E a fotografia era como um tiro. No desenho pode-se apagar e fazer outro. Não se luta contra o tempo. Por isso a meditação.
Na fotografia existe a angústia de estar presente. O "momento decisivo". O lugar certo na hora certa. Mas uma angústia que ele definiu como calma.
Bresson fez da fotografia suas pinturas. Prefiriu trabalhar com a imagem em preto e branco. Adotou sempre o mesmo equipamento. Uma Leica, máquina alemã que cabia na palma de sua mão. Equipamento silencioso.
Um homem que sempre optou pela discrição. Inclusive na vestimenta. Sempre estava com uma capa escura.
"Fotografava como um gato, sem incomodar". Assim era Bresson. Em todo seu trabalho ele procurava captar a imagem no instante decisivo.
Foi o primeiro fotógrafo a expor seu trabalho em um museu. No Louvre, Paris. Em 1946, tornou-se fotógrafo profissional. No ano seguinte foi co-fundador da Agência Magnum Photos, de fotojornalismo.
"Fotografar é colocar na mesma linha de mira a cabeça, o olho e o coração".
Bresson visitou 23 países. Fotografou Paris, China, Cuba e Índia. Acompanhou a Guerra Civil Espanhola, a ação de libertação de Paris, tomada pelos nazistas, na segunda Guerra Mundial.
A queda de Pequim em 1949. O funeral de Mahatma Gandhi. Foi o primeiro fotógrafo ocidental a ter permissão de fotografar a URSS em 1954. Um ano depois da morte de Joseph Stálin. Em 1966 deixou a Magnum Photos. Viveu em Paris com sua segunda esposa e um filho adotivo. A partir de 1973 passou a fotografar só por prazer.
Resolveu aposentar a