Hanseníase
Introdução
A hanseníase é um agravo de grande importância na saúde pública, estando o Brasil em segundo lugar em número de casos novos no mundo, apesar de menos de 10% da população ser suscetível .É transmitida pelo contato prolongado com pacientes multibacilares não tratados, e possui apresentação clínica pleomórfica, dependente do grau de imunidade do hospedeiro. A doença é definida como infectocontagiosa crônica, de longa duração. Produzida pelo Mycobacterium leprae (Μ. leprae) ou bacilo de Hansen,que é um parasita intracelular obrigatório, com afinidade por células cutâneas e por células dos nervos periféricos, que se instala no organismo da pessoa infectada, podendo se multiplicar. Este bacilo tem a capacidade de infectar um grande número de indivíduos (alta infectividade). O mesmo pode resultar em danos progressivos, com padrões característicos de deficiência que inclui ulceração da pele e deformidade nas articulações. Sendo considerada um problema de saúde pública especial devido, ao fato de poder causar incapacidades permanentes, bem como por suas consequências sociais, tais como discriminação e estigma (Donnelly 2004; WHO 2010) No início do ano de 2011, a Secretaria de Vigilância em Saúde criou a Coordenação Geral de Hanseníase e Doenças em Eliminação - CGHDE (Decreto nº 7.530, de 21 de julho de 2011) com o objetivo de fortalecer a resposta para um grupo de doenças em que os resultados dos programas nacionais foram considerados insuficientes e incompatíveis com a capacidade do SUS de resolução dos problemas de saúde da população. Neste grupo estão incluídas a hanseníase, esquistossomose, filariose linfática, geohelmintíases, oncocercose e tracoma. O tempo de multiplicação do bacilo é lento, podendo durar de 11 a 16 dias., ao manifestar-se compromete a pele e, principalmente, o sistema nervoso periférico. Pode também comprometer os vasos, glândulas, órgãos internos,