Hans Staden Na Terra Dos Canibais
Hans Staden, explorador alemão que foi capturado pelos tupinambás em meados do século XVI. Sua incrível experiência como prisioneiro de um grupo de antropófagos foi descrita em relatos que ganharam várias edições entre os séculos XVI e XVIII.
Hans Staden participou de duas viagens ao Brasil como controlador da artilharia de guerra. Na segunda viagem, o alemão naufragou junto com a tripulação no litoral de Itanhaém, em São Vicente (atual estado de São Paulo).
Certo dia, em busca de caça na floresta, Hans Staden foi capturado pelo grupo indígena inimigo. Os guerreiros logo arrancaram suas roupas e o levaram para a aldeia deles em Ubatuba. Começava, então, a saga de Hans Staden entre os canibais.
Ao observar como os guerreiros capturados eram tratados, o alemão procurou traçar estratégias com a intenção de se livrar do triste destino.
Para os guerreiros tupis, mesmo quando prisioneiros, era uma grande honra morrer durante os combates ou demonstrar sua bravura ao enfrentar o sacrifício e a sina de ser consumido pela tribo. Porém Staden temia sua morte, e por isso, era considerado um covarde entre os índios. Como cristão, precisava convencê-los de que era um aliado e não merecia a morte.
Para tentar convencer o chefe do grupo de sua amizade pelos Tupinambás, Staden inicialmente denominou-se alemão. Como os índios desconheciam essa nação, ele achou melhor declarar-se amigo. Sua barba ruiva era um álibi (JUSTIFICATIVA), pois os portugueses eram identificados pela barba preta. Com isso, ele consegui plantar ente os índios a dúvida sobre a sua origem, sabendo muito bem manipular as informações e os costumes nativos, motivo pelo qual não fora sacrificado.
A religião também seria uma arma importante em sua estratégia: o alemão procurou convencer os tupinambás de que o Deus cristão era muito poderoso e o protegia, provocando chuvas e espalhando doenças, caso fosse sacrificado.
Com a intenção de se aproximar da divindade cristã, o alemão fez