Habitação no brasil
A cidade de São Paulo viu sua população crescer intensamente na década de 1940 e esse aumento demográfico criou uma necessidade moradias.
Com a Lei do Inquilinato que prescrevia o congelamento dos aluguéis, que tinha por interesse defender os inquilinos perante a alta excessiva nos valores de locação no fundo visava uma alteração em direcionar os investimentos especulativos do setor de locação para uma nova modalidade de empreendimento: as incorporações destinadas às classes de renda média e alta.
O resultado viria em pouco tempo uma forte crise na área habitacional: desestímulo de novos investimentos em moradias de aluguel e, pior ainda, uma maciça quantidade de ações de despejo contra os inquilinos, esses que não tinham para onde ir.
Com a falta de investimentos do Estado a alternativa que restava à população era procurar moradias para compra dentro de suas possibilidades, o que as afastava cada vez mais do centro urbanizado, onde as propriedades tinham um custo inacessível.
Enquanto os trabalhadores sofriam com a falta de moradia, São Paulo é renovada por novas avenidas e “embelezada” por arranha-céus.
Com as desapropriações e demolições provocadas pela implantação do Plano de Avenidas de Prestes Maia (abertura de avenidas na região central) em São Paulo, estimularam a especulação e provocaram escassez ainda maior de prédios.
Para combater a situação, o governo brasileiro impôs restrições ao crédito imobiliário revelando, uma vez mais, que havia intenção de destimular a contrução.
A falta de habitação e os despejos agravaram-se de tal maneira que tornou-se um importante tema nacional, com grande destaque na imprensa.
Ser inquilino, antes condição natural de todo trabalhador, tornou-se uma situação incômoda e sem futuro.
A falta de habitação