Problemas de habitação no Brasil
CENTRO DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS
FACULDADE DE ENGENHARIA
Leandro Rocha Machado de Oliveira
“Problemas de habitação no Brasil. A organização do espaço territorial Brasileiro”
Rio de Janeiro
2014
O conceito de déficit não significa falta de casas, mas sim más condições, o que inclui desde moradias precárias até aluguéis altos demais. O processo de urbanização do Brasil, fruto de uma industrialização tardia, realizada num país subdesenvolvido, trouxe uma série de problemas. Esses problemas urbanos normalmente estão relacionados com o tipo de desenvolvimento que vem ocorrendo no país por várias décadas, do qual, por um lado, aumenta a riqueza de uma minoria e, por outro, agrava-se o problema da maioria dos habitantes. Um desses problemas é a moradia.
Enquanto em algumas áreas das grandes cidades brasileiras surgem ou crescem novos bairros ricos com, com residências moderníssimas, em outras, ou às vezes, até nas vizinhanças, multiplicam-se as favelas, cortiços e demais habitações precárias. Mas o tipo de habitação popular que vem crescendo nos últimos anos, nos grandes centros urbanos do país, é a casa própria da periferia. Trata-se de uma casinha que o trabalhador constrói, com a ajuda de familiares e amigos, sob a forma de mutirão, geralmente nos fins de semana e feriados, num lote de terra que adquire na periferia da cidade. Ocorre, porém, que, ao residir na periferia da grande cidade, o trabalhador e sua família terão de gastar mais em transporte para o serviço, fora o tempo de viagem. Sem contar que o transporte coletivo é um dos grandes problemas das metrópoles brasileiras, com carência e precariedade das linhas de ônibus, trens e metrôs.
A exemplo, a cidade do Rio de Janeiro, que está recebendo a copa do mundo em 2014 e as olímpiadas em 2016, a especulação mobiliária tomou conta. Em áreas da periferia, com serviços de baixíssima qualidade (quando chegam), falta de