Habermas e a teoria do fim do mundo
Ele acopla eventos históricos que ocorreram em eras completamente distintas e tem como denominador comum seus palcos territoriais, como é o caso do Tigre e Eufrates que, segundo Chomsky, tem sido palco de terrores inimagináveis, tomando como exemplo a invasão americana em solo iraquiano e comparando-a com as invasões mongóis do século 13. Recentemente, ele mostra que parte desse território agora se encontra nas mãos do ISIS e seu Estado Islâmico de crenças fundamentalistas e intolerantes. Chomsky deixa bem claro que a civilização humana pode estar chegando ao fim de seus gloriosos dias, e faz uso de estatísticas para fundamentar essa afirmação. Além de apresentar conflitos que vem permeando por entre os séculos, ele compara acontecimentos climáticos que podem estar, ao seu ver, fazendo com que o fim se aproxime. Ele ainda faz uma analogia entre o impacto causado pelo asteróide de grande magnitude que atingiu a terra milhares de anos atrás extinguindo a maioria da vida no planeta, e o impacto causado pelos humanos hoje.
Agora em segundo lugar, cabe contrapor a visão de Habermas apresentada em seu texto ‘Knowledge and Humam Interests: A general Idea” com a de Chomsky citada acima. É possível dizer que as visões são amplamente divergentes no que diz respeito não só ao fim do mundo, mas a concepção de uma história a qual pode ser reproduzida e consequentemente, previsível. Habermas rejeita essa concepção de ‘fim da história da humanidade’ apresentada por Chomsky, já que segundo ele os conceitos utilizados para interpretar não só ocorrências históricas atuais, mas também passadas