AÇÃO COMUNICATIVA NA ESCOLA
TEORIA DA AÇÃO COMUNICATIVA DE JÜRGEN HABERMAS
RESUMO
O presente trabalho propõe reflexões sobre a comunicação entre professor e aluno a partir da Teoria da Ação Comunicativa e de que forma a idéias de Jürgen Habermas podem servir de fundamentação para a transformação das práticas comunicativas, tomando como ponto de partida a postura autoritária, individualista do professor para uma postura interativa, isto é numa comunicação em que atores envolvidos participem de modo democrático visando o consenso, na ótica da Teoria. Entende-se que o espaço de sala de aula seja o ideal para que ocorram interações, permitindo a compreensão da vida em sociedade. Comumente a comunicação em sala de aula é ineficiente, não garantindo a participação efetiva de todos os integrantes do processo educacional. A linguagem quando voltada ao entendimento mútuo torna-se condição imprescindível na busca por uma nova relação entre sujeitos através de um agir comunicativo que possibilite um avanço no processo dialógico entre professor e aluno. A aprendizagem em sala de aula não ocorre no vazio, mas trazem a exigência de um saber no qual se dá o entendimento. Essa compreensão contrapõe-se à visão dogmática do conhecimento que, com variações, constitui a tônica de seu tratamento pela escola.
Palavras chave: Teoria da ação comunicativa. Escola. Comunicação.
1. INTRODUÇÃO
A escola deve ser um espaço que privilegie ações democráticas, ações que mediadas pela comunicação legitimem as relações que se estabelecem em seu interior, do professor para o aluno e do aluno para o professor. Em virtude da complexidade nas relações entre esses atores, torna-se essencial compreender a importância da comunicação no sentido de buscar a transformação dessas práticas. A escola deve objetivar não só a democracia nas suas ações, mas deve evitar que os sujeitos – professor e aluno fiquem à margem da condução do seu processo de formação. Pelo entendimento da