DA TEORIA CRÍTICA À TEORIA DA AÇÃO COMUNICATIVA – CONTRIBUIÇÕES DE HABERMAS PARA COMPREENDER O MUNDO DA VIDA E O MUNDO SISTÊMICO
Roberto Alves de Arruda1 roberto_a_arruda@hotmail.com Enaide Tereza Rempel2 enaiderempel@hotmail.com RESUMO
A perspectiva teórica proposta neste artigo pretende estabelecer, um diálogo com a Teoria Crítica, seus cenários e o programa formulado para compreender a pesquisa social, a partir das teorizações de Axel Honneth (1999). Propõe-se uma reflexão a respeito das concepções metodológicas da Teoria Crítica, construída em torno de um círculo de intelectuais, destacando em especial, as contribuições de Max Horkheimer, quando objetivou a construção de uma teoria interdisciplinar. Na mesma intenção, propõe-se a analise das contribuições da Teoria da Ação Comunicativa, formulada por Jüngen Habermas de modo a “compreender o mundo da vida e o mundo sistêmico”, pela qual buscou romper com o funcionalismo marxista, reportando a uma concepção ampliada da história no sentido da teoria da ação.
Palavras chaves: Teoria Crítica. Marxismo. Ação Comunicativa.
1. INTRODUÇÃO
O momento vivido parece-nos criador para discussão da teoria do conhecimento, reflexionando sobre a teoria de sociedade ou do agir comunicativo, tendo como pressuposto fundamental o contexto da vida, discussão que antecede a própria ciência.
Propomos uma discussão sobre os cenários da construção da Teoria Crítica e da Escola de Frankfurt, seus pressupostos e programa para explicação da sociedade moderna através de uma teoria geral da sociedade. Os fundamentos iniciais da Teoria Crítica brotariam da conexão entre pesquisa empírica e filosofia.
Apoiaremos nossa discussão nas argumentações de Alex Honneth (1999), quando abre o debate sobre as teorizações de Max Horkheimer, “que era suficientemente positivista” tendo a função de compor um programa marxista apoiado nas ciências especializadas de forma interdisciplinar. No decorrer do texto, apontaremos os