Gênero, sexualidade e educação
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A palavra gênero não aparece no dicionário, mas ela tem uma série de sentidos. Aqui a palavra está diretamente ligada ao movimento feminista contemporâneo. Como movimento social organizado remete-se ao século XIX. Na virada do século surge o sufragismo, exigindo o direito ao voto e outras reivindicações, é a primeira onda. A segunda onda surge na década de 60 onde a luta é mais teórica problematizando o conceito de gênero. 1968 é a referencia para os movimentos contra as desigualdades. O movimento feminista é retomado e ganha espaço em universidades e em obras literárias sobre o assunto. Desde a muito tempo as mulheres vinham ocupando trabalhos em fábricas, oficinas e lavouras, mas sempre dirigidas por homens, ficando elas, ocultas. Os primeiros estudos sobre os movimentos femininos ainda eram isolados, mas muito importantes para o início. Uma das características mais importantes foi o caráter político. Logo os estudos começam a valer-se do marxismo e da psicanálise e também da lógica andocêntrica para suas análises. A argumentação contrária são as diferenças físicas e biológicas para justificar as desigualdades. Eis que entra a palavra “gênero” como chave para a contraposição. Com a entrada do conceito de gênero, já não é mais possível argumentar fazendo uso explícito das diferenças entre os sexos. A discussão agora virou uma questão histórica social e a maneira como sempre se lidou com a discriminação e o papel na sociedade. Agora o conceito exige que se pense de maneira plural. No Brasil, somente no final dos anos 80 a palavra gênero passa a ser mais usada. A palavra gênero quer constituir a identidade dos sujeitos, transcendendo o mero desempenho de papeis e empurrando os sujeitos para as várias maneiras de ser. Gênero e sexualidade caminham juntos. O importante é que ambos são construções da sociedade, não são dadas e não possuem um início ou fim para elas. Gênero e sexualidade estão em constante construção e transformação. Observamos que entre os