Gênero Lírico
Cultuado desde os tempos da Antiguidade, era representado pelo canto, forma pela qual as composições poéticas eram apresentadas, acompanhadas do som de uma lira – um instrumento musical de cordas mais popular daquela época. A musicalidade era concebida como fonte inspiradora e criativa de todo o sentimentalismo em ascendência.
Tais formas poéticas, umas muito antigas, outras mais modernas, caracterizavam-se por apresentar um determinado número de versos, representadas por uma forma e ritmo específicos, geralmente fixos. Como forma de representá-las, vejamos os exemplos mais comuns:
Soneto – De origem italiana, surgido no século XIII, é um poema composto por quatro estrofes, sendo as duas primeiras com quatro versos (quartetos) e as duas últimas com três (tercetos). Essa forma perpetuou-se por todos os estilos literários, atingindo a contemporaneidade.
Elegia – Originado na Grécia, trata-se de um poema no qual a temática pauta-se pela morte ou outros acontecimentos tristes.
Écloga – poema que retrata a vida bucólica, os acontecimentos ligados à vida pastoril.
Idílio – Retratado sob a forma de diálogos, também traduz a temática campesina.
Ode - É um poema originário da Grécia, exaltando valores nobres sob um tom entusiástico.
Hino – ode destinada à exaltação dos deuses da pátria.
Há que se ressaltar que, além do espírito subjetivo, principal componente da poesia lírica, ela ainda conta com a participação do “eu-lírico”, ou seja, a própria voz que fala no poema, expressa pelas emoções e pelo sentimentalismo, no qual o eu–poético não mantém nenhuma ligação com o artista (o poeta).
A fim de que possamos identificar as referidas características pertinentes à arte poética, analisaremos a seguir algumas