Gênero LÍrico
O gênero lírico concerne à subjetividade dos textos, em que o eu-lírico é quem se manifesta e expõe seus sentimentos, suas emoções, seus desejos e sua percepção acerca do mundo. Em um poema, o “eu” que se expõe não é o poeta; esse “eu” é apenas uma criação do poeta para apresentar reflexões e sentimentos de um “sujeito” em primeira pessoa.
Os poemas podem ter forma fixa ou forma livre, A poesia tinha uma forma fixa: seus versos eram metrificados, isto é, observavam os acentos, a contagem silábica, o ritmo e as rimas. A contagem silábica dos versos foi sempre muito valorizada até o início do século XX quando a obra que não se encaixasse nas normas de metrificação não era considerada poesia. Isto mudou com a influência do Modernismo- movimento cultural, surgido na Europa que buscava ruptura com o classicismo. Atualmente o ritmo dos versos foi liberado e temos os chamados "versos livres" que não seguem nenhuma métrica. Dentre os de forma fixa está o soneto, que surgiu no século XIV, o mais conhecido e adotado até hoje. O soneto é formado por 14 versos, sendo dividido em dois quartetos (4 versos) e dois tercetos (3 versos). Cultuado desde os tempos da Antiguidade, era representado pelo canto, forma pela qual as composições poéticas eram apresentadas, acompanhadas do som de uma lira – um instrumento musical de cordas mais popular daquela época. A musicalidade era concebida como fonte inspiradora e criativa de todo o sentimentalismo em ascendência.
Os gêneros líricos apresentam riqueza tanto no vocabulário quanto na fonética, além de mexer com as emoções do seu público. Ele usa diversos artifícios encontrados na língua para poder, livremente, escrever os determinados assuntos. Os fatos e acontecimentos são muito importantes para a inspiração do autor de um texto lírico. Fazem parte desse gênero a ode, o hino, o soneto, elegia, idílio, écloga, epitalâmio, sátira e etc. Ode
A ode é um canto