Guy debord
Segundo Debord, o espetáculo é a afirmação da aparência e de toda a vida social humana, sendo ele apresentado sempre com positividade, ou seja, o que aparece é bom, o que é bom, aparece. Para que alguém se torne celebridade “da noite para o dia”, tudo o que precisa é de uma chance para aparecer. Isso porque o espetáculo, ao tentar tornar a vida mais viva pelo uso de recursos tecnológicos cada vez mais sofisticados, acaba por negar a vida real, por esta se tornar mais “sem graça”. Digamos que o espetáculo maquia e falsifica a vida, porque não a considera satisfatória.
Todo espetáculo, por apresentar-se como reflexo do real, é sempre considerado uma imagem invertida do real. Se do lado de cá da superfície espetacular está à vida, do outro lado está uma ilusão da vida. Por mais parecidas que sejam, a imagem e a realidade não são a mesma coisa, mas ao concentrar todo olhar e toda consciência, o espetáculo se torna uma visão de mundo objetivada e se constitui no “modelo atual da vida dominante na sociedade”. Sendo visão de mundo, ele pode moldar a sociedade em relação, por exemplo, na parte econômica, na política, na cultura e até mesmo na religião.
A realidade da sociedade vira a realidade do espetáculo e vice-versa. Um exemplo claro de influencia do espetáculo na sociedade é quando uma notícia aparece várias vezes seguidas e as pessoas acreditam que aquilo é importante. Ficam preocupados ou revoltados, as vezes até fazem passeatas,