Breve comentário sobre o texto A Sociedade do Espetáculo de Guy Debord.
Simmel afirma que são processos de sociação que buscam a formação de uma sociedade, o que não chega a acontecer pela coexistência de processos relativamente bem engessados pelo tempo e por sua repetição e de novos processos de sociação, o que anula a possibilidade de existir sociedade enquanto a ideia dessa compreende uma completa petrificação das relações sociais.
Com a exposição feita anteriormente retomo o objetivo principal desse trabalho lembrando que Debord, na introdução, dá importância a diversos fatores históricos políticos e econômicos que influenciam mudanças fundamentais sobre o que ele chama de sociedade pra formação de suas teses. Os arranjos sociais que se seguiram a partir desses fatores podem ser tratados como os processos de sociação de Simmel.
A fôrma de barro (sociedade) pode aparentar uma firmeza e não ser nem metade do que aparenta, mas a construção da grande importância dada ao aparente permite que haja uma dificuldade muito maior de enxergar o quão maleável é essa fôrma que nunca chegará a um estado de completa petrificação e mais, a própria possibilidade do novo, que não deixa de existir, mas, nessa construção, tomou a aparência de inalcançável e até mesmo irreal.
Destaco do texto de Guy Debord a tese 4, página 14: “O espetáculo não é um conjunto de imagens, mas uma relação social entre pessoas, mediada por imagens.”