Gugu dada
Nesse cenário a atividade pecuarista também começou a ganhar espaço com a importação de algumas reses utilizadas para o trabalho nos engenhos de açúcar. Com o passar do tempo, o crescimento do rebanho de gado acabou causando problemas no interior das plantações de açúcar, que tinham parte de sua plantação destruída pela ação desses animais. Com isso, o lucro a ser alcançado com a produção açucareira se incompatibilizava com a incômoda presença do gado dentro das fazendas.
A questão chegou a ser tratada pelas autoridades metropolitanas, que estabeleceram um decreto que proibia a realização de qualquer atividade pecuarista nas regiões litorâneas do Brasil. A medida, apesar de seu caráter visivelmente restritivo, acabou impulsionando a criação de gado no interior do território de forma extensiva com o uso de pastagens naturais. Segundo algumas estimativas, no século XVII, a atividade alcançava várias regiões nordestinas e contava com mais de 600 mil cabeças.
Além de se constituir enquanto uma atividade econômica alternativa aos projetos de exploração colonial, a pecuária também instituiu novas relações de trabalho alheias ao uso da mão-de-obra escrava. Geralmente, a pecuária necessitava de um pequeno número de trabalhadores e tinha sua mão-de-obra composta por trabalhadores livres de origem branca, negra, indígena ou mestiça. Além disso, o pagamento pelos serviços prestados era comumente realizado com o repasse de novos animas que surgiam no rebanho. Com o surgimento das atividades