Grupo 10
O presente trabalho tem como objetivo verificar o sentido da crítica de Hannah Arendt ao pensamento progressista em educação, mas não em sua versão norte-americana, e sim tentar aproximar do contexto brasileiro, tendo como referência o pensamento pedagógico do educador baiano Anísio Teixeira, em sua obra "Pequena introdução à Filosofia da Educação", publicada pela primeira vez em 1934, juntamente com o texto "A crise na Educação" de Hannah Arendt, publicado pela primeira vez em 1957.
Educação e ideais políticos: Hannah Arendt fala da crise da Educação em 1979, no modelo educacional norte-americano que era inferior ao velho mundo. Há alguns aspectos da educação progressista que são criticados. Como a tentativa de fazer da educação um instrumento para a realização de ideal político americano de criar um novo mundo, livre da pobreza e da opressão. O mundo que se apresenta à criança será sempre velho, no sentido de que é preexistente a ela. Educar a criança para que ela realize um ideal político terá sempre o sentido de impor-lhe um determinado caminho a seguir. Hannah defende a necessidade de diferenciar adequadamente política da educação. Hannah não está retirando da escola o seu papel na formação do indivíduo, especialmente no aspecto ético. O que identifica na pedagogia progressista é a politização da educação. A politização das relações pedagógicas, ao invés de colaborar para a formação de indivíduos avessos ao totalitarismo, torna-se uma manifestação deste, porque no contexto educacional a política só pode manifestar-se como manipulação. Não se pode ver a escola como um espaço político, ela atua na preparação deste, na medida em que prepara os indivíduos, mas educar e ter atuação política são coisas diferentes. O vinculo entre educação e ideais políticos é bastante evidente em Anísio Teixeira. Ele não afirma que a Escola nova está a serviço de um ideal político. Ele defende que