Graça Aranha
DE
LITERATURA
Graça Aranha
Graça Aranha nasceu em São Luís do Maranhão (1868) e morreu no Rio de Janeiro em 1931. Cursou Direito em Recife e ingressou na magistratura. Foi precocemente eleito para a Academia Brasileira de Letras, no ano de sua fundação, graças à publicação de um excerto do que viria a ser sua obra-prima, Canaã.
Ingressou no Itamarati e desempenhou várias missões diplomáticas entre 1900 e 1920, ano em que retorna ao Brasil, engajando-se em correntes de pensamento que revolucionariam o país com a Semana de Arte Moderna; participou da Semana em 1922, proferindo a conferência de abertura, A Função Estética da Arte Moderna.
Rompeu com a Academia Brasileira de Letras em 1924, com o discurso O Espírito Moderno, sete anos antes de falecer no Rio de Janeiro aos sessenta e dois anos.
Suas principais obras são:
Canaã (romance)
Malazarte (teatro) Foi um pensador de cunho psicológico-social: sua obra apresenta a discussão do futuro ideológico do país, seus contrastes sociais, as diferenças raciais; sofreu forte influência do Cientificismo do século XIX , do Impressionismo e do Simbolismo.
Sua importância literária se deve à publicação do livro: o romance, já citado, "Canaã". Uma característica pré-modernista desse livro é o regionalismo.
Sua obra-prima, Canaã, é um romance em que ocorre o confronto ideológico entre duas correntes, um romance de ideias que se estrutura sob a forma de um diálogo entre dois alemães, Milkau - que representa o universalismo e a solidariedade - e Lenz - que representa a supremacia da força e o preconceito racial.
Resumo da obra Canaã:
Canaã conta a história de Milkau e Lentz, dois jovens imigrantes alemães que se estabelecem em Porto do Cachoeiro, ES. Amigos e antagônicos ao mesmo tempo, Milkau é a integração e a paz, admirando o Novo Mundo, Lentz é a conquista e a guerra, pensando no