José Pereira da Graça Aranha nasceu em 21 de junho de 1868, na capital do Estado do Maranhão, filho de Temístocles da Silva Maciel Aranha e de Maria da Glória da Graça. Faleceu no Rio de Janeiro, em 26 de janeiro de 1931. Graça Aranha foi um escritor e diplomata brasileiro, e um imortal da Academia Brasileira de Letras, considerado um autor pré-modernista no Brasil, sendo um dos organizadores da Semana de Arte Moderna de 1922. Devido aos cargos que ocupou na diplomacia brasileira em países europeus, ele esteve a par dos movimentos vanguardistas que surgiam na Europa, tendo tentado introduzi-los, à sua maneira, na literatura brasileira, rompendo com a Academia Brasileira de Letras por isso em 1924. Estudou na Faculdade de Direito do Recife, na época agitada das idéias de Tobias Barreto. Formou-se em 1886 e mudou-se para o Rio de Janeiro, onde seguiria a carreira de juiz. No mesmo ano da Proclamação da República, 1889, já era magistrado em Campos, estado do Rio. Em 1890, foi nomeado juiz municipal em Porto Cachoeiro, Espírito Santo. A permanência no interior lhe permite recolher material para seu romance "Canaã", publicado em 1902. O romance retrata a vida em uma colônia de imigrantes europeus, no Espírito Santo. Tudo gira em torno de dois personagens imigrantes alemães, com diferentes visões de mundo. Enquanto Milkau acredita na humanidade e pensa encontrar a "terra prometida" (Canaã) no Brasil, Lentz tem dificuldade de se adaptar à realidade brasileira, voltada para a superioridade germânica e para a lei do mais forte. Em 1897, antes da publicação do romance "Canaã", foi precocemente eleita membro da Academia Brasileira de Letras, no ano de sua fundação. Ocupou a cadeira nº38, cujo patrono foi Tobias Barreto. Em 1914, após uma conferência sobre "O Espírito Moderno", desliga-se da Academia. Entre 1900 e 1920, como diplomata do Itamaraty, desempenhou várias missões diplomáticas na Inglaterra, Itália, Suíça, Noruega, Dinamarca, França e Holanda. Em