Graduação
O texto na verdade é uma matéria da revista Nossa História no qual problematiza o modo como ainda é colocado o ensino de História do Brasil nos livros didáticos. Aponta inicialmente que são verificadas mudanças, o que ela chama de avanços, teóricos e metodológicos, não sendo repensadas questões no que tangem ao aspecto cronológico desse modo de conceber História. A História, ainda fortemente marcada por uma tradição evolucionista e eurocêntrica é contada a partir de perspectivas que destoam de nossa realidade. A História nacional, nesse sentido, quando é contemplada, é apresentada de modo muito superficial e incipiente, na medida em que os acontecimentos que são gestados aqui se mostram como desdobramentos de um contexto maior ao qual está submetido. Isso se torna concreto nos livros didáticos no que diz respeito ao espaço destinado à História Geral e do Brasil. O texto segue apresentando algumas explicações para essa manutenção desses eixos programáticos tão antigos. Com um papel estratégico de constituição de uma identidade para o país, são criadas, em 1838, pelo Estado Imperial duas instituições responsáveis por fixarem os paradigmas dessa História conservadora, e além criarem uma identidade para a nação e para a educação, que deveria ser civilizada, cristão e europeia, tendo a historia das civilizações, a história geral, “lugar de destaque” nesse fazer história, estando assim a história da nação, da pátria subordinada a primeira. A primeira apontada é Imperial Colégio de Pedro II e o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. O texto aponta: “Se o IHGB estabelecia modelos para a construção da História brasileira, o Colégio Pedro II os transformava em programas de ensino e formação de jovens” (p. 50). Ambas as instituições eram responsáveis por tecer uma História que “pretendia afirmar a genealogia da nação recém-criada, e também assegurar-lhe um lugar na civilização ocidental cristã”. Deste modo,