Graduando

Planeta Favela - Mike Davis O autor inicia sua obra destacando o fato da população mundial estar se concentrando cada vez mais nas regiões urbanas em detrimento das rurais. Em seguida, ele aborda a expansão das cidades tal como ocorre nas regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro, que criam grandes aglomerados urbanos aos seus arredores. Outro exemplo dado é o das cidades asiáticas, que possivelmente formarão um corredor entre China, Japão e Coreia do Sul. Porém, o preço a se pagar pela expansão dessas cidades seria a desigualdade. Destaca-se também o rápido crescimento populacional nas cidades, principalmente na África e cidades médias da América do Sul. É exposto também o fato de que na China, as vilas rurais têm crescido se tornando “cidades grandes”, enquanto os grandes centros urbanos se transformam em “xiang towns”. Ou seja, há uma organização mista das cidades rurais da China e do sudeste asiático em geral, já que contam com um centro fortemente urbanizado também. Na América do Sul, os centros urbanos sem fronteiras definidas entre rural e urbano criam debates semelhantes. A urbanização do Terceiro Mundo lembra muito o processo de industrialização e urbanização do século XIX no Primeiro Mundo. No leste da Ásia a surpresa é o aumento da população ser acompanhado do PIB per capita, resultado do gigantesco processo de industrialização. Isso não ocorre na grande parte do mundo, como se vê na América Latina, onde as cidades em expansão sofrem desindustrialização, já que as condições asiáticas são muito mais atrativas para as indústrias. Ao contrário do que se pensa, a urbanização sem indústria não é insustentável para o capitalismo, pois a mesma é resultado das políticas do FMI. O FMI e o Banco Mundial interferiram no sentido da desregulamentação agrícola forçava a mão-de-obra rural a se mudar para as favelas urbanas. Soma-se a isso as guerras civis que prejudicam a vida rural. O resultado é uma migração para as cidades que gera uma situação