Graduando
Conceito de paisagem geográfica na Biogeografia
Animais e plantas ocupam os biótopos e alteram a sua organização espacial, i.e., alteram a organização espacial do geossistema. O mecanismo que promove essas mudanças são as interações dos seres vivos com o meio e entre si, dentro de um ponto de vista ecológico. Portanto, elas resultam as relações ecológicas. Fatores locais, como clima local (o topoclima) e o regional, o solo, o relevo, as rochas, água, hábitats diversos, atividades do homem e muitos outros fatores interatuantes transformam a paisagem.
A paisagem geográfica é, pois, um conjunto de biótopos – pode ser apenas um biótopo, como, por exemplo, um manguezal – interligados, que trocam energia e matéria entre si e com o meio em que se encontram.
Sabemos que o moderno conceito de paisagem provém do termo alemão Landschaft, que exprime um território em que o homem e o meio natural convivem relativamente em equilíbrio. Vimos isso em Geografia Física e é claro que vocês se lembram. Não vamos entrar em detalhes.
Por causa dessas interligações perenes, o francês Georges Bertrand (1968, 1971) considera a paisagem como sendo o “(...) o resultado da combinação dinâmica, portanto, instável, de elementos físicos, biológicos e antrópicos (...)”.
Fundamental saber que a os elementos que formam a paisagem não se somam, ou seja, a paisagem não resulta da soma das variáveis geográficas, mas, sim, de uma interconexão muito complexa dessas variáveis. A soma seria uma sobreposição. Não há sobreposição na natureza, mas, sim, interrelação, integração.
Disto, resulta a organização espacial, o objeto de estudo da geografia.
Quando as variáveis geográficas se