Graduando
O texto “Origens do Copyrith e a ideologia do autor” traz um panorama histórico que abrange desde o inicio da impressão, a partir da máquina de Gutenberg, passando pela formação do mercado editorial, a origem das leis de regulação até as discussões sobre autoria e direitos do autor e do editor. Traça, portanto uma breve análise que traz diferentes aspectos da editoração e suas origens.
Durante muito tempo os livros e a transmissão oral de histórias dividiram espaço. Até o século XVIII, apenas a Santa Inquisição da igreja católica tinha interesse nos livros no Ocidente, pelo obvio motivo de censurar os escritos que eram contra os dogmas de sua religião. Entretanto, na Revolução Industrial uma nova regra mudou o paradigma literário: o surgimento do copyright.
A nova lei permitia o direito de reprodução de livros para obtenção de lucro. Com base nela foi fundada a indústria editorial, na qual autores e textos fixos eram imprescindíveis para a manutenção de um sistema capitalista. A propriedade do autor foi o que permitiu a acumulação de capital necessária para a manutenção do comércio. Só assim as tiragens puderam ser maiores e enfim tornar a impressão mais barata que a técnica de manuscrever livros.
“A certidão de batismo do autor moderno” como chama Roger Chartier a lei que determina os direitos patrimoniais e morais do autor, só foi promulgada no momento revolucionário da França em 21 de Julho de 1973. Com a nova regra mesmo que os direitos patrimoniais fossem doados, os direitos morais pertenciam ao autor por toda sua vida. Antes algumas tentativas de proteção aos autores foram criadas principalmente por parte dos livreiros, mas nenhuma tão expressiva quanto à nova lei.
Como invenção do século das luzes a propriedade literária do autor é baseada no direito natural e na estética da originalidade. Essa propriedade continua sendo do escritor mesmo que ele venda seu trabalho para exploração