1- A partir da bibliografia trabalhada no curso, apresente os pressupostos centrais da Teoria da Escolha Racional e discuta ao menos duas críticas feitas a essa abordagem teórica na Ciência Política. Baert em seu artigo, Algumas limitações das explicações da escolha racional na Ciência Política e na Sociologia, enumera quatro noções-chave que a maioria dos seguidores da teoria da escolha racional consideram. A primeira é a premissa de intencionalidade. “As explicações da escolha racional são um subconjunto das explicações intencionais.” (BAERT, 1997, p.3) Os indivíduos dentro desse modelo agem intencionalmente tendo em vista o resultado de suas ações. Entretanto, as ações intencionais podem vir acarretar em consequências não intencionais. Os teóricos da escolha racional dão atenção a dois tipos: a contrafinalidade e as soluções subótimas. A contrafinalidade ocorre quando a ação de cada indivíduo é direcionada para um fim sem levar em consideração as ações dos outros indivíduos que têm como objetivo esse mesmo fim. Lembrando que no começo todos os indivíduos estão expostos as mesmas circunstâncias, sendo possível todos atingirem seus objetivos individualmente. Mas quando a coletividade busca o mesmo fim não é possível obter os mesmos resultados que poucos atores obteriam isoladamente. “Soluções subótimas se referem a indivíduos que, enfrentando escolhas interdependentes, escolhem uma estratégia sabendo que os demais indivíduos também vão escolhê-la e sabendo também que todos poderiam obter ao menos o mesmo se outra estratégia tivesse sido adotada”. (ELSTER, 1997 apud BAERT, BAERT 1997) A segunda noção chave é racionalidade. Relacionada com a primeira “significa que, ao agir e interagir, os indivíduos têm planos coerentes e tentam maximizar a satisfação de suas preferências ao mesmo tempo que minimizar os custos envolvidos.”(BAERT, 1997, p. 4). A racionalidade pressupõe também a “premissa de conectividade”, que é a capacidade do indivíduo de ordenar suas