Governo Medici
“Milagre econômico” e euforia nacionalista
>> Antecedentes
Em abril de 1964, por ocasião do Golpe Militar de 1964, Médici era o comandante da Academia Militar de Agulhas Negras. Posteriormente foi nomeado adido militar nos Estados Unidos e, em 1967, sucedeu a Golbery do Couto e Silva na chefia do Serviço Nacional de Informações (SNI). No SNI, permaneceu por dois anos e apoiou o AI-5em 1968. Em 1969 foi nomeado comandante do III Exército, com sede em Porto Alegre.
No fim de 1969, o alarmante estado de saúde do então presidente Costa e Silva levou os membros do regime militar a declararem a vacância nos cargos de presidente e vice-presidente do Brasil, logo assumiu a presidência da república uma junta militar por um período de um mês, a qual fez uma consulta a todos os generais do exército brasileiro,. Entre os membros do oficialato mais cotados para assumir o cargo em aberto, destacava-se o general Albuquerque Lima, uma das mais proeminentes figuras entre os oficiais mais jovens do Exército. No entanto, os grupos mais ligados à chamada “linha dura” acabaram aprovando o nome de Emílio Garrastazu Médici obtendo 293 votos, havendo 75 abstenções.
>> Mandato
O breve período de cinco anos que corresponde ao mandato do presidente Médici foi o único momento em que o regime conquistou estabilidade política. Médici conseguiu apaziguar os quartéis ao permitir que as aspirações e interesses dos militares direitistas radicais, que defendiam o emprego sistemático da repressão policial-militar contra todos os opositores da ditadura, se expressassem em seu governo.
Por esse motivo o governo Médici correspondeu ao período da maior onda de repressão política da história do país.
• Estabilidade política
O próprio Costa e Silva liderou conspirações contra o governo de seu antecessor, Castello Branco. A cada escolha de um general para ocupar a presidência, abria-se uma grave crise institucional.
O breve período de cinco anos que corresponde ao mandato