Governo médici
1 INTRODUÇÃO
A instauração do regime militar foi justificada, pelos oficiais generais, como a maneira de solucionar as crises de instabilidade dos governos anteriores, uma vez que acreditavam que a causa para os conflitos políticos, responsáveis pela desestabilização dos governos eleitos, vinha a ser a democracia representativa e multipartidária brasileira.
Dessa maneira, confiavam que um regime de força fosse mais “adequado” para as condições de um país como o Brasil. Entretanto, a própria ditadura militar mostrou-se um regime desordenado, destituído de autoridade central, pois as conspirações militares, inclusive entre os próprios oficiais presidentes, desestabilizaram os governos.
O único momento em que o regime conquistou estabilidade política ocorreu durante o mandato, de cinco anos, do presidente Médici. Diante da enfermidade de Costa e Silva, o Alto Comando das Forças Armadas escolheu para presidente o general Emílio Garrastazu Médici, que vinha ser amigo íntimo de Costa e Silva, e exerceu seu mandato de 1969 a 1974. Porém, para o grande público, Médici era um nome desconhecido.
A estabilidade de seu governo adveio da abertura dada ao emprego sistemático da repressão militar-policial contra todos os opositores à ditadura. Resultou-se assim, um comando presidencial dividido em um dos períodos mais repressivos, se não o mais repressivo, da história brasileira.
Em seu mandato, as acusações de tortura e desaparecimento triplicaram. Fora dos “porões”, o país vivia o “milagre econômico”.
2 GOVERNO MÉDICI
Diante dessa estabilidade, o governo Médici entrou para história, também, como o período onde se registraram os maiores índices de desenvolvimento e crescimento econômico do país, além das taxas relativamente baixas de inflação, o que ficou conhecido como o “milagre econômico”. De tal maneira que o PIB brasileiro chegou a ser o quinto maior do mundo. De 1969 a 1973 a economia brasileira cresceu em