Entre os muros da escola
A classe que o filme acompanha é uma miscelânea de etnias, estilos e crenças, podendo ser considerada um reflexo da população francesa, composta em boa parte por imigrantes. Neste curioso microcosmo é possível ver estampados o preconceito contra o diferente, a desigualdade social e principalmente a violência, que insurge como uma resposta dos adolescentes às duras realidades em que vivem. À frente desta turma está o professor François Marin (François Bégaudeau), um apaixonado pela arte de educar, sua determinação em fazer com que cada um dos alunos tenha condições de subverter o determinismo de suas vidas é louvável, porém, em dados momentos, o que ele faz parece inútil, uma vez que os resultados de seu esforço não são tão perceptíveis. Mesmo tudo parecendo em vão, ele encontra motivação em pequenas situações, como na criatividade que um dos alunos mais rebeldes demonstra ter, apesar de sua notável dificuldade de aprendizado.
Os muros aos quais o título original do longa se refere não são apenas os da escola, como o nome dado a ele no Brasil sugere, das relações