Governaça corporativa
Em meados dos anos 90, a classe acionária dos Estados Unidos verificou a necessidade de criar novas regras que os protegessem dos abusos da diretoria executiva das empresas, das omissões das auditorias externas e da falta de ação do conselho de administração inoperante, assim surgiu a Governança Corporativa, para apaziguar os conflitos entre os proprietários e os gestores. Com a crise no mercado de capitais norte-americano, trazida por uma bolha especulativa e pela ineficiente prestação de contas, essa tendência tem continuamente encaminhado no mercado financeiro internacional como mecanismo de harmonização e reestruturação. A utilização da governança corporativa, por parte das empresas, proporciona aos seus acionistas uma gestão estratégica com o acompanhamento de seus dirigentes. Podemos definir também governança corporativa como um sistema de processos, costumes, politicas, leis e instituições que afetam o modo como uma sociedade é administrada e monitorada, envolvendo os acionistas e os cotistas, Conselho de Administração, Diretoria, Auditoria Independente e Conselho Fiscal. As práticas da boa Governança Corporativa vêm se expandindo pelo mundo, desde os países desenvolvidos até os em desenvolvimento. No Brasil, com a necessidade de se tornar mais competitivo esse processo iniciou-se em resposta às necessidades impostas pelo mercado. Tais adequações atraíram fontes de financiamentos e novos capitais para as atividades empresariais. Em maio de 1999 foram lançados os princípios de governança corporativa da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), que constituem a principal resposta dos governos ao reconhecimento da governança corporativa sendo importante para a sustentação da economia global do século XXI. Trata-se de uma declaração dos padrões mínimos aceitáveis para empresas e investidores em todo o mundo, que reconhecem uma notável convergência para o terreno das práticas de governança