Gosto e Subjetividade
O conceito de “gostar”, assim como o do “belo”, não é algo simples de ser explicado, e não deve ser levado apenas como uma preferência arbitrária do nosso subjetivo, ou seja, não deve ser entendido como uma preferência que nosso ser busca fazer sem um padrão certo. Quando o gosto é assim entendido, ele se refere mais ao seu conceito puro, não com o universo no qual se forma.
Nosso julgamento estético decide o que preferimos em função do que somos, nossas experiências e tudo aquilo que consideramos como “eu”. Essa subjetividade está mais ligada em conhecer certas características próprias de cada objeto (em relação ao objeto estético). “Ter gosto é ter capacidade de julgamentos sem preconceitos.”,
“Gosto é a comunicação do ‘observador’ com a obra, além do saber e da técnica.”
É deixar que cada uma das obras vá formando o nosso gosto, modificando-o. Se ficarmos nos limitando à determinado tipo de obra, não vamos criar um senso crítico, pois nosso gosto nunca será ampliado e sempre será designado àquilo. Quanto mais obras formos observando e apreciando, mais culto será nosso gosto, e nossa subjetividade mais universal.
Diderot
Denis Diderot foi um filósofo, escritor e enciclopedista francês que indagou a respeito do gosto e sua subjetividade, o conceito de estética. As principais obras dele à respeito disso foram: "Cartas sobre os cegos: para uso dos que veem"; e "Cartas dos surdos e mudos: para uso dos que ouvem e falam". Ambas falam que à base para a construção de um gosto à respeito de algo vem de ideais únicos de cada pessoa e a relação isso com o conhecimento de sensações por um lado e outro, ou seja, o gosto depende dos conceitos (ideias) de cada um, e consiste em uma mistura de princípios relacionados à personalidade, aparência, etc...