Globalização e cultura: três paradigmas
Autor: Néstor Garcia Canclini
Néstor García Canclini nasceu em La Plata, Argentina, em 1939, e é um antropólogo argentino contemporâneo.
O foco de seu trabalho é a pós-modernidade e a cultura a partir de ponto de vista latino-americano. É considerado um dos maiores investigadores em comunicação, cultura e sociologia da América Latina.
Estudou Filosofia e concluiu o doutoramento em 1975 na Universidade Nacional da Prata. Três anos depois, concluiu o doutoramento na Universidade de Paris.
Actuou como docente nas universidades da Prata (1966-1975) e Buenos Aires (1974-1975).
Foi também professor nas universidades de Stanford, Austin, Barcelona e São Paulo.
É professor desde 1990 da Universidad Autónoma Metropolitana no México, onde está radicado.
O autor começa por nos afirmar que muito do que se diz sobre globalização é falso. Diz que ela não uniformiza o mundo porque não consegue sequer consenso quanto ao que significa, do momento em que teve origem, nem da sua capacidade de reorganizar ou decompor a ordem social.
Sobre a data do inicio da globalização, vários autores a localizam no séc XVI, no inicio da expansão capitalista e da modernidade ocidental. Outros localizam-na em meados do séc XX, quando as inovações tecnológicas e comunicacionais articulam os mercados mundiais, que só ganham contornos globais quando se estabelecem mercados planetários nas comunicações e na circulação monetária. Estas disparidades na datação têm a ver com diferentes modos de definir a globalização. Os que lhe atribuem uma data mais remota têm em conta o aspeto económico. Os que lhe atribuem uma aparição mais recente dão mais importância ás suas dimensões políticas, culturais e comunicacionais.
Na opinião do autor, e citando Giddens, “somos a primeira geração a ter acesso a uma era global”.
Internacionalização, Transnacionalização, Globalização
A eventualidade de a