TEORIA DOS MOVIMENTOS SOCIAIS
Paradigmas clássicos e contemporâneos
Maria da Gloria Gohn
Objetivo geral: mapear paradigmas e teorias sobre movimentos sociais;
Apresentação:
4 objetivos básicos
Sistematizar principais teorias e paradigmas;
Realizar estudo comparativo entre teorias (semelhanças e diferenças);
Apresentar o caso da América Latina e a inadequação de teorias correntes;
Delinear tendências para o Brasil com base na globalização da economia, política e relações socioculturais.
Motivações e razões
Ausência/limitação de textos na literatura brasileira:
A produção brasileira se caracterizou por: estudos de natureza empírico-descritiva (centro: fala dos agentes), divisão em áreas acadêmicas, com foco no paradigma europeu;
Resultado dessa produção: inadequação do uso de teorias elaboradas no exterior para analisar o Brasil e a América Latina, e silêncio sobre o paradigma norte-americano.
Anos 60, o estudo se ampliou através de várias teorias no mundo, devido:
À visibilidade dos movimentos (enquanto fenômenos históricos concretos na sociedade);
Ao desenvolvimento de teorias sobre o social e ações coletivas;
Ao deslocamento de interesse do “Estado” para a “sociedade civil”.
Apesar do interesse dos cientistas sociais, permanecem grandes questões (lacunas ou problemas não resolvidos): conceito de movimento social e novos movimentos sociais, distinção da ação coletiva do MS e das ONGs, papel no final do século. “... Entre o futuro e o passado, como eles se situam de fato no presente? ”
Noção de MS: “movimentos transitam, fluem, acontecem em espaços não consolidados das estruturas e organizações sociais” (p.12). São inovadores (Habermas) e atuam como “lente”. Gohn também coloca que não há um único conceito, “mas vários, conforme o paradigma utilizado”.
Movimentos sociais na atualidade: manifestações e categorias analíticas.
Movimentos sociais [...] nós os vemos como