TRIADE DA MULHER ATLETA
POSICIONAMENTO OFICIAL Composição Corporal
Há uma negligência cada vez maior sobre a influência da composição corporal sobre o desempenho desportivo. Em algumas modalidades, um aumento do peso corporal pode reduzir o desempenho40. Entretanto, a pressão para reduzir o peso corporal ou o percentual de gordura corporal a níveis irreais pode contribuir para o desenvolvimento de práticas alimentares inadequadas41,42. Uma redução excessiva de peso pode levar à redução da massa corporal magra, desidratação e redução do desempenho43,44. Um atleta em treinamento, que inadvertidamente ou voluntariamente restrinja a sua ingestão calórica a um nível inferior ao do seu gasto energético pode desenvolver distúrbios semelhantes, dependendo da duração e da magnitude do desequilíbrio energético.
É fundamental reconhecer as limitações das técnicas atuais para avaliar a composição corporal e os problemas associados com o estabelecimento de padrões para o percentual de gordura corporal. A densitometria, utilizando a técnica de pesagem hidrostática, é considerada o padrão-ouro para avaliar composição corporal45,46. Entretanto, há uma faixa de erro de pelo menos 3 a 4% em uma população normal e saudável com essa técnica47,48. Novas técnicas estão disponíveis, tais como a análise com bioimpedância e a medição de absorção de raios X de dupla energia49, mas a sua acurácia, particularmente para populações de atletas magros, ainda não está adequadamente estabelecida46,48,50. É particularmente importante estar atento à deflagração de padrões alimentares inadequados em mulheres e jovens altamente sensíveis ao seu peso corporal quando se superenfatiza ou se superestima a gordura corporal.
Os padrões da literatura de valores médios para o percentual de gordura corporal para pequenos números de atletas40 são arbitrários. Não se leva em conta os erros de mensuração, nem a ampla variação de percentual de gordura corporal compatível com um desempenho excelente e nem