Glauber o filme, Labirinto do Brasil

Glauber o filme, Labirinto do Brasil

Dirigido por Silvio Tendler, “Glauber o filme, Labirito do Brasil” (2004) é um filme documentário biografado do polêmico cineastra baiano Glauber Rocha. O filme documenta através de imagens, obras e depoimentos como era berrante e envolvente a tragetoria de Glauber sobre o cinema novo, assim como suas ideias, interesses, pensamento.
A história é contada do começo ao fim, mas os dois lados - vida e morte – se apresentam durante todo o filme, as cenas de seu velorio é mesclada as cenas de sua vida. O filme mostra cenas e depoimentos em que Glauber afirma que não fazia cinema pelo dinheiro e que seus filmes não eram comerciais, ele defendia um cinema com alma, que transcencesse a relação com o telespectador. As cenas do seu funeral é um fomento forte e comovente do filme, pois centenas de pessoas entre amigos, familiares e colegas de trabalho prestam suas últimas homenagens, durante o cortejo até o cemitério, o choro e a dor da perda estampam o rosto daquelas pessoas.
Em alguns momentos, o clima emotivo é quebrado por depoimentos engraçados dos amigos, como João Ubaldo Ribeiro e Hugo Carvana, que relembram fatos hílarios nas gravações e nos momentos de descontração vividos por eles.
Um ponto marcante do filme é o relato da participação de Glauber – já doente - no festival de Veneza com o filme a “A Idade da Terra”, em que era tido com um dos favoritos da premiação, mas a obra não agradou os jurado e foi derrotado pelo francês “Atlantic City”.
Glauber se foi cedo, mas o curioso é que ele dizia que morreria aos 42 anos, porque acreditava ser a reencarnação de Castro Alves. Em um depoimento emocianate, Arnaldo Jabor diz que Glauber não aguntaria ficar neste mundo de hoje, sem utopia. Não aguantaria, porque ele era a utopia viva”.
Glauber o filme, Labirinto do Brasil é mais que um filme, é um tributo a este grande cineastra que não queria formulas prontas, um homem de temperamento forte, alucinado pela vida