Ginástica laboral
Segundo OLIVEIRA (1998), as manifestações somáticas em quem trabalha são um grito de alerta, mostrando que não é o homem quem está doente, mas sim o trabalho. O trabalho é uma necessidade humana, ou seja, um processo entre o homem e a natureza que está determinado pela forma concreta em que se dá a produção, distribuição, intercâmbio e consumo dos meios de vida pelos diferentes grupos humanos. O trabalho implica em um processo de reprodução social (MARX, 1985).
Atualmente, o mercado de trabalho prioriza a diminuição dos custos de produção, com menor investimento em mão de obra e visa o aumento da produtividade. Para isso, introduz novas formas de organização, novas tecnologias e equipamentos. Na prática, isso pode trazer limitação da autonomia dos trabalhadores sobre os movimentos do próprio corpo e redução de sua criatividade e liberdade de expressão nas atividades que desenvolve (LONGEN, 2003).
A preocupação com a saúde física dos trabalhadores começou logo após a revolução industrial e se limitava, na maioria das vezes, aos acidentes ocorridos no trabalho. Com o passar do tempo aconteceram várias mudanças que deram espaço a novos conceitos como qualidade total, excelência, globalização, parceria e competitividade. Assim, com todas essas mudanças, o avanço tecnológico e a busca constante pelo aumento da produtividade, trouxeram consigo, fortes influências para o modo de vida do homem. Desta forma, é possível observar a permanência muito tempo em uma mesma postura durante a jornada de trabalho, e a divisão de setores, obrigando muitas vezes o trabalhador a executar de forma repetitiva sempre a mesma tarefa, ocasionando o aparecimento de dor ou desconforto corporal (SILVA et. al. 2006).
As Lesões por Esforços Repetitivos / Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (LER/DORT) são definições encontradas sobre que simplificam sua origem multifatorial fazendo associação a um fator de risco, em especial a repetitividade de movimentos.
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