Ginastica laboral
STORCH, Jalusa Andréia[1]
BONDAN, Fernanda Alice[2]
BORELLA, Douglas Roberto[3]
MAHL, Eliane[4]
1. INTRODUÇÃO
Com as inovações tecnológicas e a necessidade de se produzir em larga escala para suprir as demandas do mercado, diversas empresas vêm exigindo de seus funcionários exercício de função cada vez mais rápido e repetitivo, que são, em grande parte, responsáveis pela alta incidência de Distúrbios Ósteomusculares Relacionadas ao Trabalho (DORT). O termo DORT é uma designação coletiva, que traduz quadros clínicos de origem ocupacional, decorrente de disfunções funcionais ou orgânicas, resultantes de fadiga localizada e afecções de nervos, músculos, tendões, fáscias, ligamentos, de modo isolado ou associado (LANDGRAF et al., 2002). De acordo com Coury et al. (1999), disfunção é um processo que pode evoluir para uma entidade patológica mais ou menos definida, onde diferentes fatores fisiológicos, físicos e ambientais podem desencadear uma condição patológica. Uma vez instalada a fase patológica, ela pode emergir para duas alternativas: a primeira refere-se a sintomas e sinais detectáveis (dor, edema, alteração de temperatura, espessamento tissular, entre outros), que indicam uma evolução da lesão para alterações mais estruturais do sistema músculo-esquelético. Já a segunda possibilidade é a de que o processo pode ser debelado caso o organismo, por mobilização fisiológica, imunológica ou de adaptação, seja capaz de interromper o processo (Coury et al., 1999). Tendo em vista, a magnitude de disfunções que o DORT pode ocasionar nos colaboradores que realizam trabalho repetitivo por tempo prolongado e sem pausas, foi que muitas empresas passaram a se preocupar com o problema e considerar a necessidade de intervenção terapêutica (WALSH e COURY, 2002). Dentre os diversos recursos utilizados para minimizar tais disfunções, Poletto (2002), aponta a ginástica laboral como ferramenta de