Giddens, habermas e hobbes
Ao decorrer de seu livro "Leviatã", Thomas Hobbes descreve o ser humano em seu estado natural como violento e agressivo, daí a frase "o homem é o lobo do homem". Segundo ele, sem a mediação de uma entidade superior, não haveria paz ou desenvolvimento, e o medo da morte seria constante. Por isso, foi criado um contrato social que estabelecia uma sociedade civil e um estado soberano ao qual todos deveriam se submeter. Este último, dotado de força coercitiva, seria capaz de evitar uma guerra civil e mediar os conflitos entre duas ou mais pessoas. Em resumo, Hobbes afirma que a sociedade é um contrato entre seus integrantes, visando melhorar a qualidade de vida e proporcionar o progresso e o desenvolvimento de todos. Tudo isso deve ser assegurado pelo Estado, que é superior aos individuos da sociedade.
CONCEITO DE SOCIEDADE PARA JÜRGEN HABERMAS
Habermas, através de uma perspectiva crítica da sociedade, reflete sobre razão comunicativa e comunidade ideal de comunicação. Para ele, a comunicação pode servir de base para reconstrução dos fundamentos da vida social. Entende-se assim que nas relações sociais, o subjetivismo individual não deve prevalecer, mas sim o diálogo entre os membros da sociedade, para que opiniões sejam analisadas para um consenso comum e não prevaleça a opinião de poucos.
Mesmo vindo da escola de Frankfurt, que possui uma linha de pensamento mais rígida, muitas vezes reduzida ao pensamento de Marx, Habermas procura construir uma nova visão das relações sociais.
CONCEITO DE SOCIEDADE PARA ANTHONY GIDDENS
Para Anthony Giddens, o mundo social é formado por agentes humanos dotados de um conhecimento que não está presente em outras espécies. Sendo assim, cada agente humano é um "teórico social prático", o que torna possível a constituição da sociedade. Giddens é um autor contemporâneo que reconhece o indivíduo dentro da coletividade. Em vez de fazer uso do termo estrutura, ele