Gestão SUS
Considerando a atual conjuntura dos trabalhos, sabemos que o SUS sempre sofreu pela escassez de recursos financeiros, afetando diretamente os recursos humanos, onde funcionários mal remunerados sujeitam-se a extensas jornadas de trabalho. Ganham pouco, muitas vezes não conseguindo investir em cursos e capacitações para se manter atualizados, com raras exceções. Mas este problema funcional é antigo.
No Brasil Império, era delegado o poder para o desempenho das funções públicas à pessoas escolhidas pelo imperador. Tinhamos apenas os cargos de confiança. Sendo assim, caberia apenas ao Imperador admitir ou exonerar funcionários públicos de acordo com sua conveniência.
Quando instaurado o Regime Republicano foi promulgada a nova Carta Constitucional em que foi mantido o sistema ilimitado de contratação e exoneração de servidores públicos.
Após a Revolução Constitucionalista (1934) que levou Getúlio Vargas a realizar o Golpe do Estado Novo, a Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil foi novamente promulgada. Seu artigo 170, 2°, estabelecia o processo imparcial para a nomeação de funcionários públicos, quando as coisas começaram a mudar.
Neste momento surgiu o concurso público no ordenamento jurídico brasileiro. A sexta Constituição do Brasil, elaborada por juristas “de confiança” do regime militar em 1967, validou a obrigatoriedade do concurso público para o ingresso em todos os cargos, exceto para os cargos em comissão, que chamamos de cargos de confiança, como já acontecia antigamente.
Essa norma ainda é mantida pela atual Constituição. Mas, infelizmente muitos ainda veem o concurso público como uma forma de ter estabilidade no emprego, não se importando se vai gostar ou não do serviço que vai prestar à população. Com isso surgem os funcionários com má qualidade, não desempenham bem sua função e ainda sobrecarregam aqueles, que por gostar de servir ao povo, estão dando o