Gestão do sus
INTRODUÇÃO
Esse trabalho visa discutir sobre a humanização nos serviços de Saúde e apontar alguns pontos críticos, desta política em relação ao trabalhador. A humanização é um conceito polissêmico que se refere a reflexões e proposições sobre novas formas de agir, relações mais simétricas entre os sujeitos, por meio das quais o saber formal e científico, as experiências e saberes de pacientes e acompanhantes contribuem com a produção de conhecimento (Deslandes, 2006; Ayres, 2005). No campo da saúde, o conceito de humanização é assumido oficialmente, por intermédio da Política Nacional de Humanização (Brasil, 2003), como uma proposta voltada para uma nova relação entre usuários, suas redes sociais, trabalhadores da saúde e gestores, apostando no trabalho coletivo na direção de um Sistema Único de Saúde (SUS) acolhedor e resolutivo. Esta Política preconiza a transversalidade na construção de redes cooperativas, solidária, comprometidas com a produção de saúde, estimulando o protagonismo de sujeitos e coletivos e sua corresponsabilidade nos processos de gestão e atenção à saúde. Observa-se como um dos pontos críticos na humanização de ações e serviços no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) o pouco estímulo à inclusão valorização dos trabalhadores da saúde, tornando-se importante produzir conhecimento e aprofundar a reflexão a respeito do papel destes profissionais na implementação de práticas humanizadas. Em virtude do acelerado processo técnico e científico no contexto da saúde, a dignidade da pessoa humana, com freqüência, parece ser relegada a um segundo plano. A doença, muitas vezes, passou a ser o objeto do saber reconhecido