Gestão participativa como diferencial competitivo Antonio Luiz Mendes de Almeida Junior Vivemos em um mundo no qual observam-se as empresas como verdadeiros organismos vivos, que precisam aprender a tornar-se flexíveis e a mudar para se manterem competitivas. Alianças são cada vez mais comuns e fundamentais, aumento do uso intensivo de tecnologia, a busca de recursos externos continua ampliando-se ao longo do tempo, a capacidade de aprendizagem contínua é um dos critérios de medição do grau de sucesso organizacional. Hoje, o êxito de uma empresa ultrapassa a simples frieza dos resultados de um balanço positivo e, em verdade, o quanto esta corporação valoriza os seus empregados, o quanto contribui para a preservação do meio ambiente, o quanto ajuda a comunidade ao redor. São aspectos tão fundamentais quanto qualquer outra argumentação financeira. Presenciamos, hoje, muitas organizações sendo avaliadas pelo mercado em função dos seus ‘balanços sociais’ e não, como seria de esperar, somente pelos seus balanços contábeis. Neste “novo” contexto corporativo, a gestão participativa pretende transformar as pessoas em parceiros do negócio, participando dos custos e benefícios da atividade empresarial. É a evolução do processo democrático. A matéria prima dessa forma de gestão está nas pessoas e o que esta postura envolve de desafios e barreiras. O ser humano é extremamente complexo, é psicológico, biológico e social. Cada um tem nuances que o outro não possui e isso torna, muitas vezes, a gestão participativa difícil de ser exercida. A gestão participativa pressupõe envolvimento e busca incessante do consenso em torno de objetivos estipulados. Por vezes demonstra-se impossível de ser realizada. A empresa percebe que “perde-se” tempo com tantas reuniões, com a administração de conflitos inerentes ao processo democrático, com as lentidões que começam a surgir nas tomadas de decisão. Nessa hora, se a base, se os valores da organização não estão bem consolidados,