Os Conselhos de Escola Os Conselhos de Escola, tecnicamente falando, é a instituição que cotidianamente coordena a gestão escolar. Ou seja, é o Conselho o órgão responsável pelo estudo e planejamento, debate e deliberação, acompanhamento, controle e avaliação das principais ações do dia- a -dia da escola tanto no campo pedagógico, como administrativo e financeiro. São em tese, os locais onde é possível dar voz a quem não tem voz, ou seja, são espaços potenciais do diálogo e da ação comunicativa. Os Conselhos de Escola como fóruns de discussão e deliberação nascem não de um ato de vontade de um grupo de indivíduos que lutam por justiça ou liberdade, mas como uma necessidade que encontra seus fundamentos nos próprios processos de racionalização societária. Segundo José Marcelino de Rezende Pinto, a escola é uma instituição que está compartimentalizada num formato sistêmico de gestão e que teve padronizados os seus processos de tomada de decisões à luz de uma razão não comunicativa, não dialogada. A conversa aberta e franca entre os sujeitos individuais e coletivos, em uma instituição voltada à formação de homens e mulheres, é pré-condição, segundo o autor, para a democratização da sua gestão, levando-nos a crer que o diálogo é condição de superação social ou, conforme Habernas, essa condição está vinculada ao desenvolvimento de uma ação comunicativa que está presente sempre que as ações dos agentes envolvidos são coordenadas não através de cálculos egocêntricos de sucesso mas através de atos de alcançar o entendimento. Na ação comunicativa os participantes não estão orientados primeiramente para o seu próprio sucesso individual, eles buscam seus objetivos individuais respeitando a condição de que podem harmonizar seus planos de ação sobre as bases de uma definição comum de situação. Assim a negociação da definição de situação é um elemento essencial do conhecimento interpretativo requerido pela ação comunicativa. Na verdade, a simples existência do Conselho Escolar