Gestão Democrática
Artigo
Atualmente no âmbito educacional fala-se muito de um novo modelo de gestão, a gestão democrática, esta responsável por promover mudanças efetivas no contexto escolar visando à melhoria da qualidade do ensino, do desenvolvimento da socialização e da construção da autonomia dos envolvidos. Vitor H. Paro em seu livro Gestão democrática da escola pública afirma que a escola a qual conhecemos como pública não é verdadeiramente pública, mas sim uma instituição estatal mantida por um Estado neoliberal dominador, autoritária e conservador. Assim, como ferramenta responsável para que tudo funcione bem, o diretor assume um papel autoritário e conservador, se preocupando em seguir as regras impostas pelo Estado.
Neste ambiente precário hierárquico em que a figura de destaque é o diretor como autoridade máxima, o que se vê é uma escola que assume uma função mercadológica, de baixa qualidade, altos índices de reprovação e de evasão escolar.
Assim, neste contexto neoliberal, sempre se buscará os culpados e cabe ao professor receber todo o fardo pela qualidade do ensino.
Hoje, observando a gradativa falência da escola pública, vem-se falando muito sobre a produtividade e a qualidade do ensino, assim, buscando esta melhoria, vê-se a necessidade de uma mudança na gestão vigente, ou seja, a busca por uma nova gestão que seja democrática.
Paro nos mostra que é possível aplicá-la, mas a escola precisa antes de qualquer passo, romper com seus paradigmas tradicionais de gerenciamento fecundos de autoritarismo e conservadorismo. Para que uma sociedade se democratize é necessária à implantação de mecanismos institucionais que desenvolvam a participação de todos os envolvidos, assim, num contexto escolar todos os envolvidos devem estar presentes, desde o diretor, os professores, os alunos, os pais e os funcionários, participando