Gestão de Caso
Maria do Céu Antunes Martins 1
Pedro Francisco da Conceição Fernandes 2
Resumo: Os cuidados de saúde primários têm ocupado um lugar de destaque no actual sistema de saúde português. As políticas de saúde orientaram-se para a criação de equipas multidisciplinares responsáveis por um grupo de utentes específico. Daí surgiu a necessidade de implementar estratégias organizacionais dentro dessas equipas que as torne eficientes e eficazes. Nestas circunstâncias, é essencial a existência de um gestor de cuidados nas equipas de saúde, cabendo-lhe a responsabilidade de articular o processo de cuidados. Este texto pretende problematizar o conceito de Gestor de Caso e a sua relação com a prática de enfermagem. No decorrer do mesmo, expõe-se a realidade vigente no Centro de Respostas Integradas – Equipa de Tratamento (CRI – ET) de Castelo Branco, até há pouco tempo designado por Centro de Atendimento a Toxicodependentes.
Palavras-chave: Gestor de cuidados, gestão de caso, equipa terapêutica, toxicodependência.
Nota Introdutória
O Plano Nacional de Saúde considerou, entre as áreas prioritárias de intervenção, as determinantes da saúde. A problemática da toxicodepência é uma delas. A estratégia no âmbito da luta contra a toxicodependência defende uma abordagem pluridisciplinar e integrada dos fenómenos, a qual corresponde à delineada na
Declaração Política adoptada na Sessão da Assembleia-geral das Nações Unidas sobre Droga em Junho de
1998 (IDT, 2005).
O IDT é um instituto público integrado na administração do Estado cujo grande objectivo é promover a redução do consumo de drogas lícitas e ilícitas, bem como a diminuição das toxicodependências. Os Centros de
Respostas Integradas são uma das formas de contribuir para a consecução deste grande objectivo. O CRI – ET de Castelo Branco através de acções concretas, procura responder a um grupo específico de utentes que, pela dimensão e complexidade dos seus