Tentativa de Gestão da Cidade: O modelo participativo Para uma gestão da cidade, o modelo que a meu ver se coloca como o mais integrador de políticas públicas, e que vimos, durante o módulo, por ser também o mais eficiente, é o modelo que chamamos de Planejamento Participativo. É interessante verificarmos, inicialmente, o fenômeno dos Movimentos Sociais Urbanos (MSUs), que pensam o conflito de classes no ambiente urbano e, conforme vimos em Azevedo e Prates (p. 123) “(...), resguarda seu conteúdo essencial de que esses movimentos se destinam ao questionamento da ordem burguesa ou, no mínimo, à denúncia dos mecanismos de espoliação e dominação, aos quais estão submetidas as chamadas “classes populares” no capitalismo contemporâneo”, em um associativismo que reivindicava ganhos a curto prazo. A ideia de planejamento participativo inicia-se nos anos 60. Com o diagnóstico da CEPAL, percebeu-se a existência de “desequilíbrios sociais e econômicos, tanto no plano interno dos países latino-americanos, como destes em relação às nações do Primeiro Mundo” (Azevedo e Prates, p. 133). Para superar isso, mostrava-se necessárias reformas estruturais, realizadas por um planejamento governamental e implementadas pelo Estado. Esse planejamento proposto, já estava sendo percebido como um planejamento integrado, tanto através das esferas econômica e social, como nos níveis de governo. No entanto, se superestimou o poder do Estado, ao mesmo tempo em que se subestimou o poder do mercado e dos agentes financeiros na sociedade. Assim, o Estado encontrou problemas para enfrentar esse planejamento governamental sozinho. A partir da década de 70, o governo passa a abandonar a ideia do planejamento integrado. A partir dos anos 80, começa a caminhar rumo a um planejamento participativo. Isso ocorreu em meio ao processo de abertura política, em que se valorizou a questão social, e a se despertou para os problemas locais. E assim “Onde existiam ‘associações comunitárias’ tentava-se