Gestão de Cidades
AUTOR
ARMANDO ARAÚJO DE SOUZA JÚNIOR
Gestão de cidades
Introdução
A preocupação pela ocupação racional de um determinado espaço para abrigar um conjunto de pessoas é pelo menos tão antiga quanto à própria história da civilização.
Geralmente, a construção do núcleo mais rudimentar sempre traduzia um ato consciente e deliberado de modificação do espaço. A sequência de deduções necessárias ao convívio social era edificada a partir tanto da escolha do melhor sítio para a localização de uma aldeia, como da determinação do tamanho, forma ou disposição mais adequada de suas habitações. Essa sequência de ações, pode de certo modo ser identificada como uma forma embrionária de organização racional do espaço.
Nos primórdios da humanidade, provavelmente algumas das primeiras aldeias adotaram uma disposição linear, com a implantação de habitações ao longo de uma trilha. A aldeia circular foi uma invenção dos povos pastores, que descobriram o círculo como forma mais econômica e prática de proteger ao máximo uma determinada área. A necessidade de defesa contra incursões inimigas fez com que muitas aldeias implantassem a sua volta elementos defensivos, como fossos ou paliçadas, os quais posteriormente acabaram por condicionar a utilização da área interna resultante. Em outras aldeias, em função da natureza pantanosa ou lacustre do sítio escolhido, foi adotado o sistema de palafita, muito comum até os dias de hoje na região amazônica.
Independente da organização espacial adotada pelos homens primevos, os primeiros núcleos habitacionais que ilustram alguma forma de planejamento e desenvolvimento racional do espaço remontam as civilizações antigas que ocuparam os vales dos rios Nilo, Tigre-Eufrates,
Índus e Hwang-Ho. Por isso, cidades como Ur, Nippur, Heliópolis, Tebas,
Assur e Babilônia são consideradas pelos historiadores e arqueólogos como as primeiras ocupações urbanísticas da humanidade.
A cidade da Babilônia,