Gestao comercial
CONFLITO NOS BÁLCÃS
JOSÉ AUGUSTO LINDGREN ALVES
1 Somente a posteriori a Administração incluiu a rubrica pertinente. O fato é recordado, entre outros, por Paul Krugman (2003), p. 6. repressão às mulheres, a amputação de narizes de homens com barbas aparadas é ainda praticada por guerrilheiros talibãs.2
Não é, porém, para falar da Ásia Central que me proponho aqui escrever. Dessa área, antes ignorada, ouvimos e lemos agora todos os dias, seja como desdobramento da questão iraquiana, seja em função de crises separatistas e outras agitações em ex-repúblicas soviéticas. Tampouco pretendo falar de Israel e Palestina, onde até mesmo o “roteiro de percurso”
(roadmap) proposto pelo Governo de George W. Bush, ao se redigirem estas linhas, parece ter colidido com um muro de concreto e de teimosias.
Esse conflito permanece e permanecerá em evidência por todos os motivos possíveis (a menos que algum dia se resolva). Quanto aos horrores da
África, continente que a globalização utiliza como objeto descartável, continuarão relatados nos media de maneira chocante, com freqüência corriqueira, profundidade epidérmica e desinteresse sensível. Da violência complexa, simultaneamente provecta e pós-moderna, de nossa vizinha
Colômbia não falo para não ser leviano. Noto apenas, pelo que leio na imprensa “internacional”, que ela se enquadra à perfeição no comentário de Kapuscinski, agregando-se como fatores de acontecimentos o seqüestro de algum cidadão europeu.
Examino no presente texto apenas – e, assumo, muito por alto – alguns aspectos de países balcânicos, em cuja região ora vivo. Ela já é por demais complicada para eu pretender ir além. E mais rápido do que o
Afeganistão, sumiu dos noticiários, exceto quando referida pelo Secretário de Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld, como integrante da “nova
Europa”.3 Plenamente consciente de que as impressões de um aprendiz dessas plagas não têm o dom de influir na realidade, acredito que