Gerir Pessoas
O artigo em epígrafe baseia-se numa conversa que José Tolovi Jr. teve com um grupo de directores de recursos humanos sobre: como manter um bom ambiente de trabalho em condições difíceis? Um dos directores revelou que a sua empresa só não estava na lista do “Guia Exame - As 100 melhores empresas para você trabalhar” porque tinha demitido várias pessoas. Outros três alegaram que também tinham feito demissões e contudo permaneceram na lista das melhores. Aparentemente o problema não estava nas demissões, mas na maneira como elas eram feitas. O factor “demissões” não poderia, por si só, ser determinante para eleger uma empresa como uma entre as “100 melhores para você trabalhar”. Uma das empresas que confirmou estas ilações foi a companhia aérea SWA (Southwest Airlines) que, durante o tempo de crise que as companhias do mesmo ramo passaram depois do fatídico 11 de Setembro de 2001, nunca despediu ninguém nem cancelou nenhum voo. Não obstante, recuperou o valor das suas acções em menos de três meses. Para isso, muito contribuíram os funcionários da empresa que se mobilizaram no sentido de evitar a falência. Entre outras atitudes salutares de relação empresa-funcionário, compraram acções e criaram um fundo de crise. Convém, ainda, salientar que a SWA sempre esteve entre as cinco melhores empresas para trabalhar na lista dos Estados Unidos.
Parafraseando o autor, “um bom ambiente de trabalho não piora numa situação de crise. O verdadeiro bom ambiente constrói-se e mantém-se, de forma contínua, ao longo do tempo”.
No mesmo artigo, para além deste caso de sucesso sem nenhum despedimento em tempo de crise, havia ainda o relato de uma outra empresa que também constava na lista das 100 melhores, mas com uma taxa de mais de 25% de despedimentos de efectivos nos últimos anos por opções estratégicas. Aqui temos um exemplo em que o busílis da questão (ou talvez o sucesso neste caso…) não