GERAÇÕES X E Y
Ocorre que talvez a tática não dê certo (espera-se), pois o que não se percebe é que dentro mesmo dos lares da "opinião pública ingênua" com a qual a grande mídia acredita tratar, há jovens desconfortáveis com essa manipulação, em todos os estratos da sociedade. Podem não ser a maioria, mas estão espalhados e se multiplicam graças às redes sociais, que eles dominam. Pois acontece no Brasil uma mudança até agora sutil, que se esconde nessas manifestações. No mundo da hiperinformação, mil interpretações escamoteiam seu aspecto comum. Em São Paulo, começou a aparecer no "churrascão da gente diferenciada", em protesto contra o "veto" da elite dos moradores de Higienópolis a uma nova estação de metrô no bairro, há alguns anos. Continuou em manifestações como a do "Há amor em São Paulo", ou o Festival Baixo Centro. Escancarou-se nas manifestações de junho, e continua ressurgindo, em diversos acontecimentos como os "rolêzinhos" em shoppings centers.
Há quem fale em conflito de classes, o que em parte é verdade. Mas, acima de qualquer outra clivagem, a que caracteriza e une todos esses fenômenos é mesmo uma só: a mudança geracional. Ela está está pondo